Pool da Copa: ‘Exemplo japonês’

Nuria Marín Raventós, do 'La Nación', fala da necessidade de se imitar as ações, e até superá-las, da equipe, dos torcedores e do técnico do Japão na Copa do Mundo.<br>

Akira Nishino - Bélgica x Japão
Japoneses deram lição de educação e equilíbrio (Foto: Odd Andersen / AFP)

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Nesta Copa do Mundo, o Japão se destacou dentro e fora do gramado e oferece uma série de exemplos e lições para o nosso país.

O fair play pode fazer a diferença. De acordo com as regras, no caso de pontos iguais, para se qualificar se leva como critério de desempate o número de gols, o confronto direto e, pela primeira vez, uma regra importante em mente: a diferença de cartões amarelos e vermelhos. Isso deu a classificação para as oitavas de final aos japoneses e colocou os costarriquenhos à frente dos australianos na classificação geral.

A ordem e a excelência fazem parte da cultura japonesa e são mostradas independentemente das circunstâncias. Seja como vencedores ou perdedores, os torcedores japoneses mostraram tanto virtudes no bem, como vencedores contra a Colômbia, e na adversidade, o levantamento da equipe belga que os mandou para casa.

Quando outros torcedores saíram do estádio rapidamente, esses japoneses incríveis ficaram lá dentro e começaram a recolher o lixo e deixar sua seção do estádio tão limpa quanto encontraram.

O mesmo aconteceu com os jogadores. Após o resultado devastador que deixou ainda estupefato, como reconhecido pelo mesmo treinador, depois de ir para os chuveiros teve tempo para deixar o camarim impecável e uma nota de agradecimento a seus anfitriões russos.

Tal comportamento contrasta com muitos jogadores e espectadores e má conduta no comportamento e palavras, mau exemplo em uma atividade que deve ser um ponto de referência para a educação pessoal e nacional, por sua projeção para milhões, especialmente para crianças e jovens presentes ou espectadores

Dignidade, graça e gratidão também mostraram os jogadores, que exaustos e sofrendo com este resultado surpreendente, tiveram tempo para se aproximarem do canto do estádio de seus torcedores para uma forma respeitosa e digna, curvando-se em agradecimentos àqueles que os apoiaram.

Enquanto outros fogem das responsabilidades e apontam para árbitros, jogadores e federações para justificarem maus resultados em campo, escolhido há apenas dois meses, o treinador Akira Nishino, como o líder que é, assume a responsabilidade, pede desculpas por sua estratégia de tentar conter a Bélgica nas oitavas não ter dado certo, mesmo depois dos asiáticos terem feito 2 a 0. Muito devemos aprender com a cultura japonesa.

* O Pool da Copa é a união de grandes veículos de comunicação do mundo para um esforço de troca de informações. O objetivo é manter seus leitores por dentro do que acontece com as seleções de outros países, porém, com uma visão local.

Montagem Lance!/La Nación
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