‘Clima de velório’: abatimento toma conta da Seleção após queda na Copa

Na zona mista após a derrota de 2 a 1 para a Bélgica, clima era de tragédia. Renato Augusto associou a dor da eliminação à morte de um ente querido. Fernandinho não falou

Neymar agachou-se no gramado ao apito final
O abalo de Neymar após a eliminação da Seleção Brasileira (Foto: AFP)

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- A tristeza é de como perder alguém querido. 

Foi assim que o meia Renato Augusto, autor do gol brasileiro na derrota de 2 a 1 para a Bélgica, definiu o vestiário da Seleção Brasileira após a eliminação na Copa do Mundo na Rússia. Mesmo tendo entrado bem e deixado sua marca, o camisa 8 não conseguiu mostrar qualquer sinal de otimismo na zona mista da Arena de Kazan.

- A gente sofre duplamente porque além do aspecto profissional, a gente é torcedor, quer dar orgulho para o brasileiro. É um dia muito difícil, dói muito - definiu o meia. 

A tristeza se estendia aos demais. Como de costume, a Seleção demorou mais de duas horas após o término do jogo para deixar passar na zona mista e deixar o estádio. Um dos primeiros a sair, Neymar não quis falar com os jornalistas. 

O volante Paulinho era um dos mais abatidos e chegou a chorar. Ele sabe que pode não ter mais a chance de disputar uma Copa do Mundo, após duas participações consecutivas. Outro muito abalado era Philippe Coutinho.

O camisa 11 vinha fazendo uma ótima Copa, mas caiu de produção no mata-mata. Contra a Bélgica, ele teve uma ótima chance de empatar o jogo no fim, mas chutou muito mal e isolou. Foi perguntado se tinha ficado satisfeito com sua atuação e rebateu na hora, com cara muito fechada e quase chorando.

- Claro que não! Mas saio de cabeça erguida porque dei o meu melhor, tentei ajudar os meus companheiros da melhor forma - afirmou.

Um dos personagens centrais do jogo, o volante Fernandinho também passou sem conversar com os jornalistas, de maneira mais discreta possível. Ele fez um gol contra logo no começo do jogo e não conseguiu conter Lukaku na jogada do segundo gol. Já havia ficado marcado no 7 a 1 para a Alemanha em 2014 como um dos piores em campo. Ganhou, ao menos, a defesa dos companheiros.

- A gente precisa dividir a responsabilidade, como faz nas vitórias. Não é hora de caçar às bruxas - afirmou o zagueiro Miranda, capitão do time diante da Bélgica. 

A Seleção passa a noite em Kazan e embarca de volta ao Brasil neste sábado. O voo fretado fará uma escala ainda na Europa e os jogadores estão liberados para ficarem no continente, se quiserem. Quem optar pela volta ao país deve chegar no domingo. 

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