Mural do ‘gol eterno’ será inaugurado nesta sexta-feira na Arena Condá

Pintado pelo artista Paulo Consentino, homenagem às vítimas da tragédia da Chapecoense está em um dos muros do estádio. Inauguração vai acontecer antes de jogo beneficente

Mural da Chapecoense na Arená Condá
(Divulgação)

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A Arena Condá recebe nesta sexta-feira uma partida beneficente em que os treinadores serão Tite e Fábio Carille. Mas o torcedor que for ao jogo perceberá algo diferente no estádio. Um mural em homenagem aos atletas campeões da Copa Sul-Americana de 2016 será inaugurado na ala norte.

Denominado 'gol eterno', ele foi narrado por Rafael Henzel, um dos sobreviventes do acidente, como se fosse a jogada do gol do título e pintado pelo artista Paulo Consentino. O trabalhou começou dia 24 de novembro.

- Já tinha contato com a Chape desde o início do ano. Fiz um mural em homenagem ao Neto, como se fosse um pedaço do muro do Santos lá em Barcelona, local onde moro quando aconteceu o acidente. Daí começamos a conversar a ideia do formato e contamos com as tintas Coral, que é patrocinadora - disse Consentino ao LANCE!.

Mural Neto
Mural do zagueiro Neto pintado em Barcelona (Divulgação)

As pinturas de Paulo têm ligação com o futebol. Torcedor do Santos, ele foi o responsável por eternizar os jogadores no CT Rei Pelé, além de trabalhos internacionais na Argentina, Uruguai e Holanda.

- Nasci dentro do Santos. Meu pai (Ítalo Consentino) foi médico do Santos na era Pelé. Frequentei muito o Santos e me apaixonei. E isso me trouxe ao futebol. Em 2006, o Pelé tinha uma escola de futebol e eu me ofereci para pintar. Adesão foi bacana que pensei em pintar o muro para o centenário. Idealizei em 2011 e pintei em 2012. Daí pintei o Messi na escola em que ele estudou e o mesmo ocorreu com o Suárez, no Uruguai. Fiz o mural do Cruyff na Holanda e também o Instituto Neymar, na Praia Grande - completa o artista.

O mural na Arena Condá tem mais de 500m². Durante o trabalho, Paulo e sua equipe se aproximaram das pessoas que moram em Chapecó e também dos torcedores do clube.

- Retorno de apoio e carinho das pessoas foi muito positivo. Estava lá quando completou um ano do acidente. Comoção no estádio, vigília... Minha relação com o cidadão de Chapecó foi a melhor possível. Ficava horas no andaime, mas a integração foi muito grande - diz Paulo, antes de completar se estará em campo na partida desta sexta-feira:

- O meu talento é pintar. Sou um jogador frustrado, vou assistir e torcer (risos) - finaliza o artista de 50 anos.

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