Mano cita campanhas passadas para explicar eliminação do Cruzeiro

O treinador também viu méritos na equipe, que por detalhes, na sua ótica, não superou o River Plate no Mineirão

Mano voltou a defender o seu estilo de jogo e lamentou a queda nos pênaltis na Libertadores
Mano voltou a defender o seu estilo de jogo e lamentou a queda nos pênaltis na Libertadores-(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

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O técnico Mano Menezes lamentou a eliminação do Cruzeiro nas penalidades máximas diante do River Plate, na noite desta terça-feira, 30 de julho, em jogo válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

Na avaliação do treinador estrelado, o enfrentamento com os argentinos foi duro como se esperava, tanto que nenhuma das duas equipes conseguiu fazer gol na eliminatória, que foi decidida nos pênaltis.


-Ser eliminado sempre é ruim, a derrota sempre é ruim. Mas existem derrotas e derrotas. Quando cruzamos com o River, sabíamos que tipo de disputa teria, o grau de dificuldade do enfrentamento. Valeu para nós e valeu para eles, pelo histórico e tradição do confronto. Quando fizemos o primeiro jogo, queríamos trazer a decisão para a nossa casa. Quando vimos para cá, sabíamos que o jogo seria tão difícil quanto, falamos sobre a série que eles estão tendo na Libertadores com esse grupo. Preparamos para que nosso grupo entendesse o jogo. Acho que iniciamos mal a partida, porque erramos muito, e não se pode errar contra um time que tem qualidade de jogo, talvez por um pouco de ansiedade. Depois da primeira chance clara, a mais clara do jogo, as coisas começaram a se equilibrar mais, a equipe passou a ter mais tranquilidade no jogo. Tínhamos algumas dificuldades na escolha da formação ideal, porque Robinho só tinha capacidade para 30 minutos, então a escolha foi pela formação que terminou o jogo lá, que deu um bom resultado. Tão logo deu os 15 minutos do segundo tempo, tiramos um volante e botamos Robinho. Depois fomos um pouco mais com um homem de área, Fred. Criamos oito oportunidades, o River teve cinco. Não foi por falta de tentativa nem de esforço. O nosso adversário sempre jogou ofensivamente e também não conseguiu marcar gol no Cruzeiro em 180 minutos. Foi um jogo grande. Não conseguimos o objetivo porque perdemos nas penalidades máximas, nas quais já ganhamos muitas vezes também. Estamos tristes, como o torcedor, mas lutamos como podíamos lutar para passar para a próxima fase-disse.

O treinador relembrou campanhas fracassadas do passado da Raposa na Libertadores para explicar a dificuldade que é seguir e ganhar o torneio.

-A derrota pode ser dura e triste, mas não podemos enganar o torcedor. Não se trata de estilo. O Cruzeiro já jogou depois do bicampeonato de 1997 onze edições como essa. Passaram oito treinadores diferentes. E você, que é bem informado, deve saber quem são. Levir, Luxemburgo, Paulo Cesar Gusmão, Adilson Batista, Cuca, Marcelo Oliveira com o time bicampeão brasileiro e depois chegou em mim. Todos com estilo diferente de armar os times e ninguém conseguiu ganhar. Por que? Por que é difícil ganhar. Às vezes o Cruzeiro conseguia vantagem fora de casa e não conseguia ganhar. Ninguém pode dizer que o Cruzeiro não lutou até o fim para não fazer gol- explicou.

O Cruzeiro volta a campo no domingo, 4 de agosto, pelo Campeonato Brasileiro, contra o Atlético-MG, no estádio Independência. O jogo será às 19h. 

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