OPINIÃO: ‘É hora da arbitragem do país passar uma nova imagem’

Chegada do VAR&nbsp; torna o Brasileirão ainda mais desafiador para os árbitros. Além disto, auxílio do árbitro de vídeo não exclui a necessidade de profissionalização dos juízes<br>

Fachada da sede da CBF
'Árbitros não podem passar a imagem de que a polêmica continuará a prevalecer no país' (Foto: Divulgação)

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A chegada do árbitro de vídeo (VAR) aos jogos do Campeonato Brasileiro tende a tornar a competição ainda mais desafiadora para a arbitragem do país. Com a tecnologia (finalmente) nos gramados brasileiros, cabe aos juízes comprovarem que têm condições de virar páginas das lambanças que já mudaram o curso de partidas, ou até de títulos.

A Comissão de Arbitragem ainda terá de preparar os árbitros para lutarem contra um adversário incômodo: o tempo. Em competições estaduais e nacionais, foi nítida e insegurança de juízes diante do monitor. Receio de serem traídos pelo olhar?

Nos 380 jogos de 2019, a arbitragem brasileira deverá ter atenção redobrada em outro ponto. Os jogadores no país ganharam a fama de "cai-cai", por se atirarem a cada dividida na área.

Há risco de tanto espectador quanto árbitros (de campo e de vídeo) serem ludibriados por simuladores de ocasião. É bom todos ficarem atentos para evitar que a expressão "o videoteipe é burro", criada por Nelson Rodrigues, se concretize.

A expectativa de que o VAR reduza os erros crassos no Brasileirão é bem grande. Mas a chegada do recurso não exclui também a necessidade de profissionalizar a arbitragem brasileira, que é tão maltratada desde os seus primórdios.

Mesmo com o auxílio do árbitro de vídeo, caberá a seres humanos, sujeitos a erros, a última palavra. Mesmo diante das limitações do futebol nacional, os juízes não podem passar a imagem de que a polêmica continuará a prevalecer em gramados brasileiros.


Seria pedir demais...

Não surpreende que clubes tenham recusado as propostas da CBF para limitar inscrições de jogadores e também a troca de técnicos no Brasileirão. É lamentável, mas dirigentes, em tempos difíceis, só sabem "jogar para a galera": descontam no treinador e trazem reforços com ares de "salvadores".

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