OPINIÃO: ‘As armadilhas que o início do Campeonato Brasileiro traz’

A conta dos pontos deixados para trás pode custar bem caro na reta final da competição. Cabe aos clubes não se ampararem na desculpa de que 'campeonato é longo'<br>

Montagem Vasco e Botafogo
'A cada rodada que uma equipe se distancia do pelotão da frente, o desafio de buscar a reação fica maior' (Heuler Andrey; Marco Galvão/Fotoarena)

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Por mais que a edição de 2019 do Brasileirão tenha iniciado cercada de novidades (do VAR às novas regras do futebol), uma 'muleta" bem traiçoeira continua a fazer parte da rotina nacional. Como forma de suavizar o mau desempenho nas estreias de suas respectivas equipes, treinadores ampararam-se em argumentos de que "o campeonato é longo" e o revés foi "acidente de trabalho".

A certeza de que a estrada do Campeonato Brasileiro é longa, aos poucos, pode se tornar uma armadilha para clubes que largam mal. A cada rodada que uma equipe se distancia do pelotão da frente, o desafio de buscar a reação fica maior. Além de encarar adversários mais motivados, a pressão interna aumenta e até o planejamento fica em risco.

A luta para driblar os riscos do Brasileiro é tão forte que alguns clubes vêm investido cada vez mais em jogadores de alto nível, como mostram Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Em paralelo a almejar a conquista da Libertadores, o trio visa solidificar começos sem grandes escoriações no Brasileiro para, na reta final, honrar o favoritismo da briga pelas primeiras posições.

Enquanto isto, em 2019 clubes vêm engatinhando novos trabalhos e, aos poucos, tentam achar uma nova cara (isso às vésperas de maio!). Mas terão muito trabalho. O Botafogo mostrou-se inofensivo diante do São Paulo e o Vasco seguiu à deriva, na goleada sofrida para o Athletico-PR.

Faltam 37 rodadas para o Campeonato Brasileiro chegar ao fim. A conta dos três pontos deixados para trás neste início de competição pode custar bem caro na reta final.


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Cuidado, Neymar...

Mais uma vez, o temperamento de Neymar se sobressai ao que ele faz dentro de campo. Por mais que tenha admitido seu (novo) erro ao agredir um torcedor após o insucesso do PSG diante do Rennes, o craque precisa mostrar sangue frio e deixar de emendar uma polêmica desnecessária atrás da outra. Vestir a camisa 10 e ostentar a braçadeira de capitão da Seleção Brasileira não são privilégios, são responsabilidades para quem sabe liderar uma equipe e controlar seus impulsos.

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