Botafogo vive a expectativa do retorno de Alberto Valentim

Nome do treinador do Avaí circula nos bastidores de General Severiano como o mais cotado para assumir o antigo cargo de Eduardo Barroca no futebol profissional

Alberto Valentim na estreia pelo Vasco, durante derrota para o Atlético-PR nesta quarta. Confira a galeria do L!
Valentim é o mais cotado para assumir o Botafogo (Foto: Reinaldo Reginato/Fotoarena)

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O Botafogo vive a expectativa da chegada de um novo técnico, na esperança de deixar para trás a irregularidade em campo e terminar o ano bem colocado no Campeonato Brasileiro. E o mais cotado para a tarefa é um velho conhecido no clube: Alberto Valentim. O treinador de 44 anos deixou boa impressão no Alvinegro, em 2018, quando foi campeão carioca e agora prepara o retorno ao clube. O nome do treinador já circula no elenco, ainda comandado provisoriamente por Bruno Lazaroni. Em coletiva na última quinta-feira, o zagueiro Gabriel falou sobre que os comentários no vestiário sobre o possível novo comandante são positivos.

– Não trabalhei com ele ainda. Mas todos os jogadores falam bem dele, que é bem atualizado, tem vários conceitos muito legais de jogo. Joguei contra ele na Taça Rio, contra o Vasco, e era um time muito bem treinado, com várias jogadas ensaiadas. Se ele realmente vier, vai ser muito bem-vindo – disse o zagueiro.

O treinador interino Bruno Lazaroni vê semelhanças entre os estilos do ex-treinador Eduardo Barroca e o de Valentim. Após a vitória por 3 a 1 sobre o Goiás, na última quarta, no Nilton Santos, ele, também comentou sobre a troca de comando no time.

– A ideia central dos dois não muda muito. São formas parecidas de pensar o jogo e jogar. Eles eram bastante alinhados, até porque quando o Valentim estava aqui, o Barroca era o técnico do sub-20. Eles conversavam muito. Barroca vinha aqui. Às vezes, é uma característica ou outra, mas no geral é praticamente a mesma coisa e tenho certeza que vai dar sequência ao trabalho do Barroca – comentou Lazaroni.

O treinador natural de Minas Gerais deixou boa impressão na passagem pelo Glorioso. Além da conquista do título carioca de 2018 sobre o Vasco, teve uma saída amigável, depois de receber proposta financeiramente vantajosa do Pyramids, do Egito. O fato contribuiu para que as portas ficassem abertas no clube e o seu nome voltasse a ser lembrado após a saída de Barroca.

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Histórico da carreira

Alberto Valentim atuou como lateral-direito quando jogador. Pendurou as chuteiras em 2009, pelo Athletico-PR e iniciou a carreira de treinador como auxiliar de Cuca no Palmeiras. Pelo clube paulista foi campeão brasileiro, em 2016. No ano seguinte, assumiu o Red Bull chegou a assumir o comando do clube paulista e passou ainda por Red Bull, mas acabou desligado pelo rendimento abaixo do esperado e retornou ao Verdão.

Velentim entrou em evidência no cenário nacional pela primeira vez, no final da temporada de 2017, quando Cuca pediu demissão. Conduziu o time paulista do quinto lugar ao vice-campeonato brasileiro, com seis vitórias em 11 jogos. A diretoria alviverde, no entanto, optou pela contratação de Roger Machado no final do ano.

Em 2018, foi contratado pela primeira vez pelo Botafogo. No Alvinegro teve bom desempenho e conquistou o título carioca. Deixou o clube após 25 jogos, com 11 vitórias, sete empates e sete derrotas, ao aceitar proposta vantajosa financeiramente do Pyramids, do Egito. Comandou o time africano em apenas três jogos, com duas vitórias e um empate. Foi demitido após se desentender com o sheik e presidente do clube, Turki al-Sheikh.

Em agosto do mesmo ano assumiu o Vasco e conseguiu livrar o time do rebaixamento. Foi novamente demitido, embora gozasse de prestígio com o presidente do clube, Alexandre Campello. Além de problemas internos com o meia Thiago Galhardo, pesou a perda do título carioca de 2019 para o Flamengo. Também não conseguiu a aprovação total da torcida, que o vaiava constantemente.

Durante a parada para a Copa América, Valentim assumiu o Avaí, lanterna do Brasileirão, com o desafio de livrar a equipe do rebaixamento. Em 15 jogos no comando somou apenas 13 pontos, mas ainda assim conquistou a aprovação no clube catarinense, em que a pressão por resultados tende e ser menor. 

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