Ao Lance!, CEP explica os próximos passos até o Botafogo treinar no CT

Escritura definitiva passará para as mãos do clube em, pelo menos, 90 dias. Mandatário está tranquilo em relação ao cumprimento das exigências por parte dos vendedores

Assinatura compra CT Botafogo
Carlos Eduardo Pereira está nos últimos meses do mandato como presidente do Glorioso (Foto: Felippe Rocha)

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Ao pé da letra, o que o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, assinou na noite desta quinta-feira foi o "contrato de promessa de compra e venda com alienação fiduciária". O nome do procedimento jurídico é extenso, a prática pode gerar dúvidas, mas o mandatário alvinegro explica porque a solenidade foi tão festiva, mesmo ainda distante do início dos treinos no novo centro de treinamentos. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, ele esclareceu dúvidas e analisou os próximos passos do para a mudança do time profissional e das categorias de base para o Espaço Lonier, em Vargem Pequena, na Zona Oeste.

Afinal, por que essa confusão no terreno?
É uma aquisição que está sendo feita de dois vendedores. O Espaço Lonier tem a maioria do terreno e a Esta (Empresa Saneadora Territorial Agrícola) tem três terrenos. Cada grupo vendedor de um terreno tem pendências, que estão na promessa (de compra e venda com alienação fiduciária). Por isso há o prazo de 90 dias para que cada parte cumpra as pendências, prorrogáveis por mais 90 dias, e estão interligados, os dois lados (Lonier e Esta). Precisamos que os dois cumpram para a escritura definitiva. Por isso há a expectativa de até 180 dias para que a gente venha a tomar posse definitiva do terreno.

Há possibilidade de o time começar a treinar lá antes deste tempo?
A ideia é ir de vez porque é preciso ir de vez, fazer marcações do campo mais adequado. Neste período, vamos fazer o planejamento para o desenvolvimento da área, para que saibamos cada passo que precisamos dar e projetar o futuro.

O que faz o Botafogo estar otimista de que não vai precisar postergar o prazo e isso vire uma agonia?
Acho que não (há motivo para agonia ou preocupação) por causa da avaliação jurídica. Um escritório foi contratado exatamente para isso, para minorar os riscos, colocá-los praticamente a zero. São procedimentos burocráticos que faltam. Todas as escrituras foram analisadas com profundidade. A origem e o histórico de cada uma que compõem o espaço como um todo. Não vejo risco. Pelo contrário. Há um cuidado sério da parte dos Irmãos (Moreira Salles, financiadores) no sentido de que o pagamento será feito só na hora da escritura definitiva. Então, as partes que estão vendendo certamente vão continuar empenhadas na regularização dos terrenos para que possa ser feita.

Quais investimentos o Botafogo pretende fazer no local?
Basicamente, o que faremos como  primeiro passo é um planejamento com um escritório de arquitetura, um master plan para olhar para o futuro e procurar fasear este trabalho no tempo. Isso gastando, neste primeiro momento, essa linha de crédito de até mais R$4,7 milhões e, posteriormente, planejando investimentos que o clube venha a poder realizar. A ideia, num primeiro momento, é dar a estrutura para que o time profissional e para a base comecem a treinar lá de maneira integrada.

Os campos, atualmente, atendem às necessidades?
Precisam de um processo de nivelamento e replantio de grama nos melhores padrões. Hoje tem vários gramados lá, mas que não estão no padrão de futebol profissional. Esse ponto vai ter que ser evoluído. Pensamos em dois a três campos oficiais e, posteriormente, outros campos menores, além de campos de grama sintética para que possam ajudar no rodízio.

Haverá aumento ou reforma dos alojamentos?
Não, ainda não. A estrutura está pronta. Acabou de ser reformada pela delegação americana nos Jogos Olímpicos. Está rigorosamente nova.

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