‘Homem de confiança’ de Barroca, Cícero enfrenta questionamentos

Jogador de 35 anos, que agrada o treinador do Botafogo pela versatilidade e facilidade de adaptação, foi substituído pela primeira vez depois de 14 jogos atuando os 90 minutos

Botafogo x Atlético-MG - Cícero
Cícero vem sendo titular com Eduardo Barroca (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

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A derrota por 1 a 0 para o Fortaleza, na última segunda-feira, foi a terceira seguida do Botafogo no Brasileirão e também representou a pior sequência do técnico Eduardo Barroca à frente da equipe, desde que assumiu o cargo, em abril. O revés fez parte da torcida alvinegra perder a paciência e colocar em xeque a capacidade do comandante alvinegro de voltar a ter a regularidade de antes da Copa América.

O declínio no desempenho esportivo passa também pela má fase do homem de confiança do treinador. O meia Cícero não tem feito boas apresentações pelo Glorioso e foi substituído no segundo tempo da partida no Castelão pela primeira vez depois de 14 jogos seguidos atuando os 90 minutos.  Antes, só havia deixado o campo para dar lugar a algum companheiro, nas vitória sobre o Bahia, na segunda rodada e sobre o Vasco, na sétima rodada. 

Cícero não tem conseguido repetir as boas atuações do início do torneio nacional, quando marcou três gols e foi peça fundamental no esquema de Barroca, que garantiu uma boa pontuação. A insistência com o volante já havia rendido críticas à Barroca, na derrota em casa para o São Paulo, na 20ª rodada, quando um público de 18 mil botafoguenses deixou o Nilton Santos frustrado. 

O volante de 35 anos sempre agradou  Barroca pela facilidade de adaptação e pela versatilidade. Em um elenco com poucas peças como o do Alvinegro, já foi utilizado como meia, volante, lateral e até zagueiro.  

As principais críticas vêm da pouca velocidade do jogador nas transições e da cadência que dá ao meio-campo quando tem a posse. Na parte defensiva, as reclamações sobre o camisa 8 vêm dos espaços deixados nas coberturas às ofensivas rivais e do baixo número de desarmes. Neste último fundamento, o meia foi responsável por apenas 21 dos 277 desarmes alvinegros no Brasileirão. 

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Treinador justifica

No Castelão, Barroca parece ter, enfim, cedido aos apelos dos torcedores, mas diante de um elenco com poucas peças, é pouco provável que Cícero perca a condição de titular para o clássico contra o Fluminense, no domingo. Após a partida, o treinador justificou a entrada de Victor Rangel na vaga do veterano, sem citar nomes, mas pela observação os problemas que são alvos de questionamentos.

– Fiz a tentativa com os jogadores de meio-campo, com um poder de criação maior e que pudessem dar certa experiência. Eu entendo que o Botafogo ficou um pouco espaçado, mas para o segundo tempo, quando a gente precisou fazer um jogo mais direto, que não é muito a nossa característica, eu coloquei o Victor com o Diego, já que a gente estava com dificuldade de fazer a transição do meio para a frente. O Fortaleza estava com a vantagem, quando a gente perdia a bola o jogo ficava um pouco mais de transição e essa não é uma característica nossa – justificou o treinador.

O Botafogo e Cícero terão nova chance de melhorar o desempenho na temporada, no próximo domingo, no clássico com o Fluminense. A partida válida pela 23ª rodada do Brasileirão será disputada no Nilton Santos, às 16h (de Brasília)

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