Consolidação tática e confiança: falta o ataque do Botafogo deslanchar

Primeiro tempo de boa atuação do Glorioso contra o América-MG mostrou virtudes que, se mantidas, devem garantir uma posição segura no Campeonato Brasileiro até o fim do ano

Botafogo x América MG
Jogadores mostraram união antes do jogo e receberam apoio da arquibancada (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

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O cenário foi parecido com o que o Botafogo teve no jogo contra o Sport. Em casa, contra um time que também luta contra o rebaixamento, uma vitória segura sobre um adversário desfalcado. Mas a diferença entre os triunfos foi que o time mineiro é mais arrumado que o pernambucano. O que dá méritos ao Glorioso, e tais virtudes, se repetidas, devem fazer o Alvinegro escapar de vez da zona de rebaixamento.

O primeiro tempo da equipe de Zé Ricardo foi para lá de elogiável. Dos melhores da equipe no ano. Defensivamente, havia solidez quase sempre. Ofensivamente, houve jogadas a partir de contra-ataques e tentativas pelos dois lados do campo. A equipe mostrava organização e funcionou com novidade tática.

O treinador promoveu o retorno de Valencia ao time (além dos retornos de Carli e Jean, que estavam suspensos), mas o chileno não só atuou na vaga de Bochecha como teve de cumprir a função do volante. Foi como se o Alvinegro estivesse com os três volantes dois jogos anteriores, mas com Rodrigo Lindoso e Valencia mais avançados, quase sempre. Como se vê, funcionou.

- É o que a gente fala das característica dos jogadores. A gente estava ajustando com o Gustavo (Bochecha). Ele jogou na função do Gustavo, para quem jogar de costas (para o ataque, como um meia atrás do centroavante) é difícil. O que a gente pediu para o Valencia foi fazer mais ou menos isso que o Gustavo fazia. A gente fez a mesma estrutura, com outros jogadores - explicou.

E tal estrutura parece ser a definitiva. Até porque, bem ou mal, com ela, os sustos na defesa foram menores. Antes foram três gols para o Atlético-MG, quatro para o Grêmio. E, no ataque, o que falta é o ataque desencantar. Para tanto, a confiança com a qual Luiz Fernando jogou, somada à habitual personalidade de Valencia e à técnica de Erik, pedem só o brilho de Kieza. Ou se algum outro centroavante.

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