Roger Machado vê com naturalidade protestos vindos da arquibancada

Treinador preferiu se ater ao fato de que, em determinado momento, uma parcela maior de torcedores do Bahia demonstrou apoio a equipe

Roger Machado - Bahia
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

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Depois de mais uma rodada sem conseguir os três pontos e jogando dentro de seus domínios frente ao Atlético-MG, o Bahia viu novamente seu torcedor demonstrar a insatisfação com protestos vindos das arquibancadas da Fonte Nova.        

Todavia, em alguns momentos do empate em 1 a 1 contra o time mineiro, uma parcela considerável tentou abafar os gritos de críticas demonstrando incentivo e tentando empurrar a equipe na direção contrária do momento negativo. Algo que, aliás, foi ressaltado pelo técnico Roger Machado quando questionado sobre os apupos em meio ao confronto da última quarta-feira (27):

- O torcedor tem 100% seu direito de cobrar, não tenho dúvida disso. Não vou entrar no mérito da cobrança do torcedor. Até porque, se eu estivesse no lugar do torcedor, com muitos jogos sem vencer e tendo anteriormente gerado uma expectativa muito grande pois essa expectativa foi algo gerado pelos próprios jogadores. O protesto é natural. O que eu tenho que louvar é algo que eu poucas vezes vi na minha carreira, como jogador e como treinador, é a parte maior do estádio, que não estava de acordo com as manifestações, apoiar. Isso eu vou levar para a vida toda porque não é corriqueiro. O lugar do torcedor protestar é dentro de campo se ele não está gostando do que o seu time está apresentando. Eu tenho apenas que trabalhar a cabeça dos meus jogadores porque é nesse momento que eles são provados.

A análise do treinador Tricolor é de que o único problema notado em sua avaliação para que os resultados positivos tenham rareado é essencialmente a questão de erros técnicos e não uma possível falta de motivação nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro.

- Eu jamais posso lidar com o meu grupo pela falta de motivação, de interesse, de competitividade. Pode estar nos faltando jogo, isso sim, mas outros elementos não. Eu tenho certeza que o nosso torcedor não está protestando pela falta de empenho, mas sim pela falta de um bom futebol que nós jogamos até bem pouco tempo atrás - avaliou.

O técnico também disse que o jogo em si diante do Atlético mostrou um time que, no aspecto do merecimento, deveria ter conseguido uma melhor sorte. Contudo, como o triunfo não veio, é hora de fazer os ajustes possíveis mediante ao curto período de trabalho com enfoque especial no psicológico do plantel.

- Analisando de maneira descolada dos outros resultados, nós não merecíamos sair com o resultado de derrota ou mesmo de empate. Nós jogamos o suficiente para vencer. Mas qualquer resultado diferente de uma vitória no momento em que a gente está é um resultado péssimo. É continuar trabalhando, trabalhando a cabeça dos jogadores para que ele se sinta confortável dentro do jogo porque é final de temporada, não há muito mais o que fazer porque restam apenas três jogos onde, se a gente vencê-los, nós faremos a melhor campanha do clube no Brasileirão, o torcedor vai se sentir feliz com o final de ano que a gente vai ter.

Até o fim da temporada 2019, o Bahia visita o CSA em Maceió, recebe o Vasco em Salvador e encerra sua participação no Campeonato Brasileiro onde ocupa hoje a 10ª posição com 45 pontos indo até a capital cearense jogar contra o Fortaleza.

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