Réver exalta elenco do Galo e diz que fora do ‘eixo Rio-SP’ não se valoriza o trabalho de outras equipes

O capitão alvinegro está satisfeito com o desempenho da equipe no Brasileiro, mas quer evitar "oba-oba" nesta fase do campeonato

Réver não aprovou como o Galo jogou diante do Campinense
Réver que o Atlético-MG agindo com muita parcimônia no Brasileirão e valorizou o elenco atleticano-(Bruno Cantini/Atlético-MG)

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O Atlético-MG lidera o Brasileirão de forma isolada, com 27 pontos, cinco a mais que o vice-líder Internacional e um jogo a menos na competição.

Além da ponta na tabela, o time vem jogando bem e o torcedor alvinegro vibra com a boa fase da equipe que tem sido elogiada à exaustão por rivais, comentaristas e torcedores de outros times.

O zagueiro e capitão alvinegro Réver falou do bom momento e das desconfianças que ainda existem sobre a qualidade do elenco atleticano e que os trabalhos de outras equipes de fora do “eixo-Rio-SP” não ganham elogios ou reconhecimento com frequência.

- É até bom que falem isso da gente(do favoritismo). Quando você sai do eixo Rio-São Paulo, tudo que você faz não tem seu devido valor. Nós que estamos há muito tempo no futebol sabemos muito bem como isso acontece, e não seria diferente. A gente vem trabalhando, fazendo nosso melhor, comprando a ideia do treinador, e vem surtindo efeito. É bom que não falem tanto da gente, do nosso elenco, porque a gente também tem outros elencos fortíssimos aí, sérios candidatos a título. A gente sabe que o campeonato tem muita coisa pra acontecer-disse o defensor que comentou sobre o “jeito mineiro” para seguir na competição.

-A gente vai do jeito mineirinho, comendo pelas beiradas, quietinho. Quem sabe a gente chegue ao fim do ano dando resposta a nós mesmos, do que somos capazes, fechando com o título-acrescentou Réver.

O Galo tem o melhor ataque, melhor aproveitamento e liderança na competição. E, segundo o jogador do Galo é um reflexo da postura agressiva treinada por Jorge Sampaoli.

- É uma filosofia do nosso treinador, está no DNA, e a gente vem acreditando nessa proposta. Estamos vendo que vem fazendo a diferença. A gente vê muitas equipes fugindo do jogo quando estão na frente, e a gente tenta fazer diferente. O futebol moderno permite e cobra isso. O quanto antes a gente conseguir se identificar com a maneira do treinador, o estilo de jogo, vai nos favorecer, nos ajudar. Isso também faz com que a gente tenha um desgaste menor. A gente acaba ficando mais com a bola, e não é uma posse de bola enganosa. É uma posse totalmente objetiva, pra frente. Não ficar penteando a bola, jogando pra trás, tentando matar tempo durante o jogo. Claro que isso tudo é treinado, bem executado no dia a dia, pra que a gente chegue no jogo e possa executar bem.

Apesar de tudo a favor neste momento, o zagueiro quer que a euforia fique apenas com o torcedor. A boa fase não pode se virar “oba-oba”, tirando o foco do time, já que o campeonato ainda nem concluiu o primeiro turno.


- A gente vê a euforia do torcedor. Isso é o muito em função do que estamos demonstrando em campo, tudo que vem representando nessas partidas, principalmente no Brasileiro. Não poderia ser diferente da parte do torcedor. Nós, atletas, temos que manter essa cautela, até porque sabemos que o futebol é uma constância, gira a todo momento. Temos, sim, uma certa vantagem na competição, com um jogo a menos, mas não é o bastante, até porque são 38 rodadas, e tudo pode acontecer. Vamos com cautela, deixando que o torcedor faça essa festa que vem fazendo. O torcedor nos apoiou na porta do CT, na ida ao estádio. Está fazendo seu papel, e cabe a nós fazer o nosso pra ter essa liga. Não temos o torcedor no estádio, devido à pandemia, mas que a gente possa continuar fazendo com que esse torcedor se sinta extremamente confiante, acreditando no nosso trabalho-concluiu.

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