Felipe Kalil, médico do Galo, deixa o clube e expõe diferenças entre seu pai, Alexandre, e Ricardo Guimarães

Felipe é filho do ex-presidente do Atlético-MG e prefeito de BH, Alexandre Kalil, e sua saída evidencia uma disputa interna  entre ex-presidentes no alvinegro

Felipe deixou o Atlético quando soube que Ricardo Guimarães queria a sua demissão
Felipe deixou o Atlético quando soube que Ricardo Guimarães queria a sua demissão-( Divulgação/ Hospital Mater Dei)

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Felipe Kalil, médico do Atlético-MG, e filho do prefeito de BH e ex-presidente do alvinegro, pediu demissão do clube nesta quarta-feira, 4 de março. A informação, foi veiculada inicialmente pelo jornal portal O Tempo, e confirmada pelo Atlético.

A motivação para deixar o Galo, tomada por Felipe, seria o desejo de Ricardo Guimarães, ex-presidente do Atlético-MG, e um dos atuais patrocinadores do time atleticano com o seu banco, o BMG, que o médico fosse demitido do cargo que ocupava na instituição. Ricardo teria feito o pedido da saída de Felipe diretamente ao atual presidente do alvinegro, Sérgio Sette Câmara.

De acordo Galo, Sérgio Sette Câmara tentou demover Felipe Kalil de sua decisão de sair do clube e continuar a compor o corpo médico alvinegro, onde trabalhava desde 2016. Todavia, os pedidos de Sette Câmara não foram atendidos por Felipe, que preferiu sair.

Felipe teve papel destacado no Atlético, estando na comissão médica da Seleção Brasileira que disputou a Copa América de 2019, no Brasil, a convite de Rodrigo Lasmar, chefe médica da Seleção e que também atua no time mineiro.

Exposição de uma rixa interna

O pedido de demissão do filho de Alexandre Kalil, do corpo médico do Galo, expôs uma antiga disputa interna entre ex-presidentes. Ricardo Guimarães e Alexandre Kalil são adversários políticos no Atlético há muitos anos e o rompimento veio quando Guimarães era presidente e Kalil cuidava do futebol, em 2003.

A rixa aumentou quando Kalil assumiu o cargo de presidente do clube, ficando no Galo de 2008 a 2014. Ricardo dirigiu o clube entre 2001 a 2006. Com os recentes investimentos de parceiros do Atlético-MG, incluindo o BMG, Ricardo Guimarães ganhou força na gestão de Sérgio Sette Câmara, cujo ano de 2020 tem sido marcado por fortes investimentos em atletas mais caros.


O afastamento entre Alexandre Kalil e Ricardo Guimarães teve como mote principal a aproximação de Ricardo a CBF, então presidida por Ricardo Teixeira, que era desafeto de Kalil, que sempre foi contra se relacionar com a entidade, por considerar que em diversas vezes prejudicou o time alvinegro dentro e fora de campo.

A divergência fez com que Kalil deixasse a gestão de Guimarães em 2003 e, no ano seguinte,2004, virasse oposição a Ricardo ao ser o novo presidente do assumiu do Conselho Deliberativo do Atlético-MG, para em seguida se tornar o mandatário do clube.

A rivalidade pode ter aumentado, pois no período Kalil na presidência, o Galo conseguiu suas maiores conquistas, como a Libertadores de 2013; Recopa e Copa do Brasil de 2014, além três mineiros, em 2010, 2012 e 2013. Já no período de Ricardo Guimarães, o Atlético foi rebaixado em 2005, tendo sua gestão recebido muitas críticas. Ricardo Guimarães ainda não comentou os fatos descritos sobre o pedido de demissão de Felipe Kalil. 

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