‘Não adianta querer colocar o Atlético no mesmo balaio do Cruzeiro’, diz Sérgio Sette Câmara

O presidente do Galo cita que o alvinegro tem uma situação melhor do que a do rival e prevê uma soberania estadual nos próximos anos 

Sérgio Sette Câmara, presidente do Altético-MG
Sérgio Sette Câmara citou que o Galo tem uma situação delicada, mas não no mesmo nível do Cruzeiro- (Foto: Bruno Cantini/Atlético)

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O presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, tem representado bem o sentimento do torcedor do Galo em relação crise do maior rival, Cruzeiro, com análises e declarações que agradam o atleticano. O dirigente do Galo declarou que a fase atual da Raposa poderá refletir em uma nova geração de torcedores do alvinegro, que estará em situação melhor do que o time celeste nos próximos anos.

-Na história, o que pode acontecer, na minha opinião, é uma migração de uma geração que seria do Cruzeiro para ser do Atlético. Com isso, o Atlético pode vir a ser o grande clube protagonista do futebol de Minas Gerais-disse em entrevista à TV Galo.

O dirigente atleticano crê que a atração dos novos torcedores para um clube depende do resultado em campo, e ele não vê a Raposa com chances de grande sucesso em um futuro próximo.

-Se nós formos analisar a situação atual do Atlético e dos nossos adversários, o América, que tem uma torcida que é meio estagnada, e o Cruzeiro, que tem uma torcida grande, mas que, diante do que se avizinha, eu acredito que eles vão perder muitos seguidores, muitos torcedores- explicou.

Rebaixado à segunda divisão, com dívidas passando dos 800 milhões de reais, déficit de R$ 394 milhões no balanço de 2019, investigações de ex-dirigentes corroboram com a tese do presidente do Galo sobre uma soberania dentro de Minas Gerais.

Sette Câmara admitiu que o Atlético hoje tem uma "condição difícil", com um débito na casa dos R$ 700 milhões, mas não é do mesmo patamar que o time azul. Ele comentou na conversa que chegou a tentar fechar com o atacante Pedro Rocha, que defendeu o Cruzeiro em 2019, antes do rival mas os altos valores impediram o negócio.

-Se você somar, o Pedro Rocha foi contratado para sete meses. Os valores envolvidos, todos eles, giraram em torno de, segundo me disseram, R$ 16 milhões. Isso aí não cabe. Aí a gente começava a ver: Mas quanto ganha o zagueiro? E o meio-campo, o camisa 10? E o que saiu daqui e foi pra lá, foi pra ganhar quanto?. Aí você começa a fazer conta. Não adianta quererem colocar o Atlético no mesmo balaio do que está vivendo o Cruzeiro hoje- concluiu.

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