Único a favor de uma troca de técnico no BR, Galo teve três em 2018

Os demais clubes não concordaram com a medida sugerida pela CBF para o Brasileiro deste ano e a discussão nem foi levada à votação. Discurso alvinegro não condiz com a prática 

Thiago Larghi
Apesar do apoio, o Galo teve em 2018 três técnicos: Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi(foto) e Levir Culpi, que comanda o time atualmente- Divulgação

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Em 2018 foram 29 trocas de treinadores em 38 rodadas, uma média de quase um técnico por rodada. A CBF levou a proposta para a reunião sobre o Brasileiro deste ano, mas foi rechaçada por 19, dos 20 clubes da Série A, o que não gerou nem a necessidade de votação do item. A ideia deverá voltar à pauta em 2020.

-Em relação à proposta que limitava a demissão de técnicos na competição, votou o Atlético por sua aprovação com algumas ressalvas e ajustes, demissão do próprio técnico, doença ou demissão por justa causa. Considerou o Atlético que trocas de técnicos durante a competição não melhoram o futebol, há que se romper essa “cultura” de mudança de técnico como “solução” para o desempenho dos clubes- disse o vice-presidente do Galo Lásaro Cândido em seu Twitter , explicando em seguida que criar regras para as trocas podem contribuir para melhorar o futebol.

-A proposta do Flamengo, aprovada pelos clubes com voto contrário do Atlético, que dá liberdade total aos clubes para mudanças de técnico sem qualquer regra, não contribui para evolução do futebol praticado no país. As competições do futebol devem ser moduladas por regras com imposição de limite de trocas de atletas e técnicos, inspiradas inclusive no far play financeiro e desportivo- explicou.

A posição do Atlético-MG na reunião da CBF, aparentemente louvável, contraria as ações do clube nos últimos anos, quando fez diversas trocas de treinadores quando achou necessário. Somente em 2018, o Galo teve três técnicos.

Começou o ano com Oswaldo de Oliveira, só efetivou Thiago Larghi no meio do ano e encerrou a temporada com Levir Culpi, que comanda o clube atualmente.
Outros exemplos que lembram que a fala do Atlético-MG está longe da prática são demissões polêmicas do clube. O próprio Levir Culpi foi demitido em 2015 antes de terminar o Brasileiro, quando tinha chances de título. Três anos depois, Levir apoiou Oswaldo de Oliveira quando foi demitido do clube,
chamando o Galo de “triturador de técnicos”. Em 2016, Marcelo Oliveira saiu do Atlético-MG antes do segundo jogo da final da Copa do Brasil, contra o Grêmio.

Na partida de volta, em Porto Alegre, que deu o título aos gaúchos, Diogo Giacomini comandou a equipe. O lema faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço, caiu como uma luva na vida recente do Atlético-MG, quando assunto é contratar e demitir treinadores.


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